José Luís Nunes Martins
Sonhadores somos todos. Poucos são os que se levantam cedo para ir trabalhar pela concretização das suas aspirações. A maior parte das pessoas fica-se pela vontade de ter vontade, poucos são os que avançam e assumem, desde o primeiro passo, que vale a pena sacrificar tudo quanto é o preço daquilo que querem conquistar.
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Os sonhadores comuns idealizam tanto que aquilo que desejam lhes chegará sem terem de abdicar de nada, como se o mundo lhes devesse isso e quisesse pagar-lhes a pronto! Mas a verdade é que, ainda que alguns até o possam merecer, a vida não entrega nada a ninguém sem uma contrapartida.
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São tantos os esforços e os sacrifícios que é necessário despender a fim de concretizar o que queremos, que, quando o conseguimos, isso não nos deixa eufóricos, mas apenas aliviados, por ter terminado a guerra e por ela não ter sido em vão!
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São muitos os tropeços, quedas e fracassos de que temos de nos reerguer... Talvez seja verdade que ninguém começa do início, porque há sempre um fim (qualquer) anterior. Começar é, na verdade, continuar depois de algo ter acabado.
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As aventuras começam com o fim de qualquer coisa, assim como as tragédias.
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Todos temos em nós uma alma que nos pede para que sejamos mais. Que sejamos maiores. Mas há quem desista cedo, há quem se venda por pouco, ainda que se considere muito forte e valioso, a verdade é que o nosso valor depende mais do que formos capazes de lutar por amor. Tornando real o que era apenas possível. Por vezes, era até impossível.
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Levanta-te e luta pelo que acreditas que mereces. Hás de cair muitas vezes. Muitas. Hás de sofrer de forma injusta.
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Mas cada fim é um começo e feliz não é quem o merece, mas quem fez o que era preciso.
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